A Responsabilidade Compartilhada que Fortalece Instituições
A relevância da cultura de riscos no ambiente financeiro
O mercado financeiro é, por definição, um ambiente altamente sensível a eventos externos, falhas operacionais e vulnerabilidades sistêmicas. Em um setor onde a confiança e a credibilidade são ativos tão valiosos quanto os recursos financeiros, a gestão de riscos precisa ir muito além das obrigações regulatórias. É uma questão de sustentabilidade, perenidade e, acima de tudo, responsabilidade coletiva. Não basta que uma empresa possua uma área de riscos estruturada; é fundamental que o conceito de risco seja compreendido e incorporado por todos os colaboradores, desde a alta gestão até os profissionais da linha de frente.
Na SPC Grafeno, Instituição Operadora de Sistema do Mercado Financeiro (IOSMF) que atua como registradora de ativos financeiros, essa compreensão é uma das bases da nossa operação. Atuamos em um ecossistema regulado, sujeito às diretrizes de entidades como a CVM e o Banco Central, onde falhas operacionais podem comprometer não apenas a empresa, mas a confiança de todo o mercado. Por isso, adotamos uma abordagem em que a cultura de riscos é disseminada de forma transversal, com treinamentos constantes, manuais operacionais claros e uma comunicação ativa sobre práticas seguras.
Riscos além do óbvio: os pequenos desvios que causam grandes impactos
A noção de risco costuma ser associada a grandes crises ou falhas catastróficas. No entanto, no contexto corporativo — especialmente no mercado financeiro — muitos dos riscos mais relevantes surgem de pequenos desvios no cotidiano. O envio de informações sensíveis por e-mail sem a devida proteção, por exemplo, pode parecer um detalhe, mas pode resultar em vazamento de dados, penalizações e danos à reputação institucional. Da mesma forma, pular uma etapa de validação por pressa pode gerar retrabalho, perda de dados e, em casos extremos, impacto financeiro direto.
É nesse ponto que a visão prática do colaborador se torna essencial. Somente quem está envolvido diretamente na execução dos processos consegue perceber nuances e fragilidades que não estão visíveis em relatórios ou análises automatizadas. A cultura de riscos, nesse contexto, é mais do que um protocolo: é uma atitude permanente de atenção e responsabilidade.
O papel do colaborador como agente mitigador
Risco faz parte de qualquer operação, mas o que realmente importa é como lidamos com ele no dia a dia. Quando cada colaborador entende o impacto da sua atuação e age com atenção e responsabilidade, fortalecemos a empresa como um todo. Prevenção não é tarefa de uma área só — é uma cultura que construímos juntos.
— Marcelo Lopes, Gerente de Riscos, Controles Internos, Compliance e Segurança da Informação
A fala de Marcelo Lopes resume o que buscamos institucionalizar na SPC Grafeno: um modelo de responsabilidade compartilhada, no qual cada colaborador atua como um sensor de riscos em seu ambiente de trabalho. Ao identificar falhas, propor melhorias, seguir os fluxos corretamente e participar de treinamentos, o profissional se transforma em um verdadeiro aliado da sustentabilidade organizacional.
Cultura de riscos e o cumprimento regulatório
Instituições como a SPC Grafeno estão submetidas a normativas exigentes, como:
- 🔹 Resolução BCB nº 304/2023 — que estabelece diretrizes de governança, gestão de riscos, controles internos e governança corporativa para instituições operadoras de sistemas do mercado financeiro (IOSMF).
- 🔹 Resolução BCB nº 339/2023 — que define requisitos específicos para a atividade de registro de duplicatas escriturais, incluindo controles operacionais, segurança da informação e continuidade de negócios.
- 🔹 CVM 175 — que trata da constituição, funcionamento e prestação de informações pelos fundos de investimento, que são nossos clientes.
Mais do que cumprir um “checklist regulatório”, buscamos desenvolver um senso coletivo de responsabilidade que transcende a obrigação legal. Por isso, integramos o tema riscos em todas as etapas do nosso relacionamento com participantes e stakeholders — do onboarding inicial até a manutenção contínua da operação.
A cultura de riscos, portanto, também é um pilar da governança corporativa moderna, capaz de blindar a operação contra vulnerabilidades e sustentar uma reputação sólida frente ao mercado.
Construir cultura de riscos é proteger o futuro
Empresas do setor financeiro que desenvolvem uma cultura de riscos forte e distribuída estão mais preparadas para enfrentar incertezas, se adaptar a mudanças regulatórias e preservar sua integridade institucional. Na SPC Grafeno, acreditamos que a prevenção é uma construção coletiva, e que o maior ativo que uma empresa pode ter é um time engajado, atento e consciente do impacto de cada decisão.